CF António Sérgio e
CF Prof. João Soares
Oficina de
Formação – A Biblioteca Escolar 2.0 – A distância/online (Turma 2)
Tendo por finalidade realizar um breve balanço da Ação de
Formação acima mencionada, na modalidade de blended
learning, podemos desde logo referir que apresenta, por um lado, vantagens
relativamente às orientações em regime presencial e, por outro lado, a leitura,
interpretação e análise de documentos online,
que permite aos formandos interiorizar processos em regime de autoaprendizagem.
A interatividade síncrona e assíncrona, foram outras formas interessantes de
comunicar através da plataforma digital.
A sequência dos módulos propostos pela equipa de formadores
foi muito bem concebida e planeada, não só, pela possibilidade de escolha entre
os dois tipos de suportes de comunicação (Blogger
e Wordpress), a funcionar como
e-portfólio das quatro sessões propostas e respetivos domínios de aplicação,
como também pela diversidade de leituras e recursos digitais sugeridos.
Pessoalmente, considero que os vários caminhos e linhas de orientação
permitiram, em certos casos, aflorar e noutros aprofundar, dimensões das
ferramentas/instrumentos digitais, que requerem uma continuidade da exploração
dos meios que nos foram dados a conhecer, numa base experimental. Porém,
algumas dificuldades inesperadas surgiram, essencialmente na conversão de
ficheiros, sobretudo na concretização do produto final, a apresentar em “postagens”
áudio e vídeo do blog. Estas foram resolvidas, em parte, pelos tutoriais,
embora nesse plano se sentisse a necessidade de um acompanhamento de maior proximidade
da equipa de formação, na extensão das aulas presenciais, para uma mais eficaz
assimilação das fases de execução, na operacionalização das ações a realizar.
A relação entre a Web 2.0 e a BE 2.0 reconfiguram por sua vez,
a necessidade de refletir, a perceção da biblioteca escolar como subsistema
crucial do sistema escolar, mas também, o papel social e educativo do professor
bibliotecário, já não apenas como agente clássico de gestão do fundo
documental, mas como descobridor de novos caminhos como especialista dos média,
na interação com os diversos agentes da comunidade educativa, em especial os
alunos, os professores, os encarregados de educação e auxiliares
administrativos e operacionais. Nesse sentido, é fundamental criar, produzir,
editar, partilhar, difundir e projetar, através de diversos canais de
comunicação. Na comunicação eletrónica, destaco a experiência sincronizada e
agendada pelos formadores via Teamviewer,
cuja participação contribuiu para debater a importância, em especial, do Facebook, mas também de outras redes
sociais, direcionadas sobretudo, para o plano do emissor institucional, da
BE/Centro de Recursos, no contexto da escola. Nessa perspetiva, é essencial não
perder de vista, no horizonte das estratégias, que as linguagens mediáticas dos
conteúdos integrados na Web, deveriam ter como prioridade, a adequação à
mentalidade e à época das novas gerações, como principal público-alvo.
O historiador norte americano Mark Poster afirmava que “no
século XX, os média electrónicos sustentavam uma transformação igualmente profunda
da identidade cultural. O telefone, a rádio, o cinema, a televisão, o
computador e, agora, a sua integração no multimédia reconfiguram palavras, sons
e imagens de maneira a cultivar novas formas de identidade”. POSTER, Mark – A segunda era dos média. Oeiras: Celta editora, 2000. p. 36
Esta perspetiva teórica, reformulada, segundo o autor, no
âmbito das virtualidades pós-modernas, pode ser contextualizada no âmbito de um
Modo de Produção da Informação, sucessor do Modo de Produção das sociedades
capitalistas, de economia de mercado. Se assim for, estamos perante uma nova sociologia
do consumo, em que novos dispositivos móveis interagem entre si numa relação
entre humanos e máquinas (cibernética), que prefigura um novo paradigma, a
sociedade do conhecimento/em rede, que segundo outros autores (David Lyon,
Manuel Castells), revela também novas tendências na educação globalizada. No
cenário atual, os media sociais, ou
redes sociais representam também uma nova metamorfose na comunicação
interativa.
No quadro da oficina de formação sobre a Biblioteca Escolar 2.0
revelou-se por isso muito interessante a motivação para a exploração de marcadores
sociais (Diigo), que nos permitem requalificar e pesquisar os textos, de acordo
com a indexação de palavras-chave que nos fazem intercomunicar com comunidades
práticas virtuais, partilhando afinidades de interesses. Ou então, trabalhar
para a construção de bases de dados numa perspetiva regional integradora, do
património dos catálogos bibliográficos e de recursos eletrónicos, em linha e
em rede.
Por último, é nosso propósito intervir a curto prazo, a nível
de escola:
- Na conceção e planeamento de um
novo blogue, para a produção, pesquisa e difusão dos produtos e serviços
do Centro de Recurso Educativos Multimédia, da Escola Secundária Rainha
Dona Leonor, de modo a canalizar e aperfeiçoar, numa perspetiva mais
pragmática, a aplicação dos conhecimentos adquiridos no projeto
experimental da oficina de formação;
- Recolher fotos e/ou imagens
animadas de um Concurso de Leitura Expressiva (8ª edição), agendado para o
dia 10 de abril;
- Publicar notícias, em texto,
imagem, som ou audiovisual, através de hiperligações ao sítio da escola,
ou, de maneira mais autónoma num blogue, se entretanto já tiver sido
criado.
Autoria individual: Carlos Carvalho
28/02/2013
Concelho de Lisboa
Escola Secundária Rainha Dona Leonor
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